quarta-feira, 22 de maio de 2013

MAURICIO ASSAN MACHADO ABREU

Dream Valley Festival - Beto Carrero World 2012


Ano passado, em novembro fui com meu primo no Dream Valley Festival, minha segunda vez em um festival de música eletronica, o festival aconteceu no Beto Carrero, Penha, Santa Catarina.
Compramos as passagens do aviao uma semana antes, os ingressos para o show variavam de R$180 a R$550.
Antes de fecharmos tudo ficamos ansiosos pois seria nossa primeira viagem que tinhamos feito tudo sozinhos, estavamos indo por nossa conta e risco.
Combinamos tudo em cima da hora, já que nao conheciamos nada no Sul, ficamos com receio de muitas coisas, nao sabiamos aonde ficava o hotel que haviamos reservado, também uma semana antes.
Quando embarcamos no aviao para Navegantes, uma cidade que fica do lado de Penha, só queriamos que a viagem fosse rapida, pensavamos até que íamos morrer antes de chegar no festival, primeira viagem sem os pais.
Ao chegarmos no aeroporto, era pequeno e sem estrutura, tanto eu como meu primo tinhamos certeza que íamos dormir no aeroporto aquele dia pois, já era 04:00 da manha e nao teria nenhum taxi que nos levasse para o hotel, para nossa surpresa o aeroporto tinha mais taxistas do que passageiros.
Meu primo tinha esquecido o nome do hotel e antes de achar o nosso passamos por outros 4 que ficavam perto do aeroporto, a unica coisa que sabíamos era que o hotel ficava perto do aeroporto, enfim, achamos o hotel e quando chegamos nao conseguimos dormir de tanta ansiedade e o festival só começaria dali 2 dias.
Os dias que nao tinham festival a gente passava nas praias perto do hotel, por sinal muito limpas e bonitas.
Chegado o dia do festival, nervos a flor da pele para ver meus idolos de perto, Djs como Steve Aoki, Armin Van Buuren, Hardwell, Calvin Harris, David Guetta, Zedd, Gui Boratto, Nervo, Justice, entre outros.
No dia do festival tinhamos saido para fazer algumas compras e na volta o pessoal que também estava hospedado no nosso hotel tinha encontrado um cara que fazia o transporte do hotel para o parque em uma perua escolar que cobrava R$20 por pessoa para ir e voltar do festival, íamos pagar R$100 em um taxi, fechamos a perua escolar na hora.
O festival abria os portoes as 17h, as 14h já estavamos lá, hahaha, os dois dias foram assim, mais de 50 mil pessoas reunidas em um espaco aberto, totalmente decorado, todos com a atençao voltada para os djs que se apresentavam em um palco muito bem trabalhado com iluminaçao, efeitos, fogos de artificio e champagne que alguns djs estouravam na multidao.
Foi muito mais que uma viagem, tivemos a incrivel experiencia de estar em um lugar onde todas as pessoas estavam ali com o mesmo propósito, assistir as magníficas apresentaçoes dos melhores Djs do mundo.
Esse ano espero ir novamente, a data do festival já saiu, acontecerá dia 15 e 16 de novembro, no mesmo local, dessa vez vamos reservar as coisas antes para irmos mais tranquilos.
Alguns dias depois do festival, eu apareci em duas fotos postadas pelo Facebook oficial do Festival e em uma reportagem no Diário Catarinense, junto com meu primo.
Foi sensacional, muito gratificante, com certeza a viagem mais bem aproveitada da minha vida.


quarta-feira, 20 de março de 2013

O Acidente

Eu tinha 10 anos, eu estava passando minhas ferias de julho na Franca. Desde que eu cheguei da Franca, no Brasil, com 3 anos, eu sempre passo o mes de julho e o de janeiro na Franca. Era um verao commun, eu estava brincando com as minhas bonecas antes de ir encontrar meu pai, pois eu estava em casa com a minha mae e minha irma. Minha irma gritou "Mamae vou dar a ultima volta de motinho", minha mae falou que tudo bem e que ela ia tomar banho pra se arrumar. Minha irma tinha 12 anos. Depois de uns 15 minutos, eu escuto "AJUUUDAAA". Meu corpo estremeceu inteiro. Eu corri para o jardim, quando eu vejo minha irma no chao, com o capacete, e toda cortada. Ela tinha passado por uma porta de vidro com a motinho eletrica. Meu padrasto estava do lado dela tentando fechar os cortes enormes que ela tinha nas pernas e nos bracos. Eu corri para o banheiro, quando meu pai ligou no telefone para saber se minha mae ia nos deixar logo com ele. Eu nao conseguia falar, so chorava e gaguejava. Minha mae, nao entendia nada, ela estava saindo do banho no maior desespero porque sabia que algo tinha acontecido. Desligamos entao o telefone, deixando meu pai desesperado tambem pois nao sabia oque estava acontecendo com suas filhas. Eu voltei para o jardim com toalhas, e comecei a fazer pressao nos cortes da minha irma pra ela nao perder tanto sangue. Foi o pior momento de minha vida. Eu vi minha irma, o interior dela, a perna dela aberta, deixando os musculos cheios de sangue aparecendo. Mas eu tinha que ser forte pois quem estava sofrendo era ela, eu tinha que ajudar. Minha mae chamou a ambulancia, e veio ajudar a segurar os cortes de minha irma. Estava um sol escaldante do verao europeu, eu fui entao buscar um guarda-sol e fiquei segurando ele para proteger minha irma. Esta experiencia foi uma das experiencias mais marcantes da minha vida, pois eu nunca havia visto nenhum acidente, e o primeiro que eu vi, foi com minha irma. Um sentimento horrivel invade seu corpo, com um medo de nao poder ser util, pra salvar a vida da pessoa que voce ama. Eu queria fazer tudo que eu pudesse pra ajudar, mas so podia segurar suas feridas com toalhas e segurar o guarda-sol enquanto a ambulancia nao chegava. Hoje em dia ela tem cicatrizes enormes nas duas pernas e no braco direito. Virou uma caracteristica dela, suas cicatrizes. Sem elas nao seria a mesma pois marca um momento muito marcante na nossa vida, e nao sao feias as cicatrizes, sao um charme, uma coisa unica, por mais que as pessoas ao primeiro ver se assustem um pouco.

Chloe Cavelan

Dream Valley Festival 2012 - MAURÍCIO ASSAN


Viajei com meu primo em 2012 para um dos maiores festivais de musica eletronica do pais, o festival acontece no Sul do País no Parque Beto Carrero World, foi nossa primeira viagem sozinho.
Fizemos todas as reservas, hotel, passagem e ingressos uma semana antes, foi tudo bem corrido, em cima da hora.
Estavamos com muito receio das coisas darem errado, quando embarcamos no aviao pensamos, "Seja o que Deus quiser"e fomos, nao sabiamos direito aonde era o hotel, como íamos chegar no hotel, estavamos totalmente perdidos.
Quando chegamos no aeroporto pensamos na hora que teriamos que dormir por lá no primeiro dia, afinal, o aeroporto era muito ruim, sem estrutura alguma e ja eram 04:00 da manha mas, quando saimos na rua percebemos que tinha mais taxistas do que passageiros.
Para nossa surpresa o meu primo tinha esquecido o nome do hotel, passamos por 4 hotéis antes de descobrirmos o nosso mas, encontramos, o hotel ficava a 5 minutos do aeroporto.
Estavamos muito ansiosos, chegamos no hotel e nao conseguimos dormir, saimos para conhecer a cidade de Navegantes em plena madrugada, ficamos sabendo que tinha uma praia a menos de 10 minutos a pé.
No mesmo dia a tarde fomos na praia gastar tempo pois, ainda faltara dois dias para o primeiro dia de festival, ficamos o dia inteiro na praia e a noite ficavamos no hotel fazendo nada, no dia seguinte fomos de carro para o Warung, um dos melhores clubs do Brasil.
Chegado o dia do festival estavamos muito ansiosos, o festival abria os portoes as 18:00 e nós preferimos chegar as 14:00 por que nao aguentavamos mais esperar no hotel sem fazer nada.
Quando passamos as catracas do festival corremos para o palco principal garantir um lugar perto dos djs, a emoçao era muito grande, mal podiamos acreditar que estavamos ali, prontos pra ver os melhores djs do mundo, meus idolos.
Steve Aoki, Armin Van Buuren, Zedd, Nervo, Sharam, Hardwell, David Gueta, Calvin Harris, Justice formavam um line up impecavel, a emoçao ficou a flor da pele o festival inteiro, que durava das 18:00 as 08:00.
Quando o segundo dia do festival acabou queríamos mais, por mim ficaria mais uma semana naquele ritmo sem pensar duas vezes, a "vibe" era incrivel, 50 mil pessoas ao seu redor, todos com o mesmo propósito, curtir tudo que a musica eletronica de melhor.

AMAZING!







terça-feira, 19 de março de 2013

Apaixonada por São Paulo.


Pode parecer supérfluo, ou até banal, mas a melhor experiência da minha vida foi a minha mudança para a maior metrópole do País. Sou de Campinas, interior de São Paulo e sai da minha cidade para fazer a faculdade de comunicação da FAAP. Geograficamente dizendo não há uma diferença gritante, pois Campinas fica a 70/80 minutos de São Paulo, mas nos outros aspectos posso ver o quanto aprendi e ainda aprendo com toda essa mudança.

 Final de 2011, época de vestibular, nervos á flor da pele. Você tem que escolher um curso que será a sua carreira pelo resto da sua vida, uma decisão para ser tomada muito cedo. Fico feliz de ver o quanto gosto do curso que eu escolhi, o quanto eu quero que a publicidade seja o meu futuro.

 A escolha da faculdade é outro passo muito importante, já que você passará 4 ou 5 anos na instituição. Quando conheci a FAAP tive a mesma sensação da maioria das pessoas que ali estuda. Paixão. Fiquei muito entusiasmada com toda a infraestrutura da Fundação, e então junto aos meus pais tomei a decisão de que era aquela, a escolhida.






A parte mais difícil de toda essa mudança é com certeza ficar sem a minha mãe, já que a relação que eu possuo com ela não se baseia apenas em Mãe – Filha vai, além disso. É o cotidiano, chegar em casa, ver ela e poder contar o que aconteceu no meu dia sem ser por telefone, poder olhar a reação da pessoa, dar abraço, pedir um abraço. É aquela coisa, “ser mimada pela mãe”. Sinto falta da minha mãe todos os dias, e acho muito pouco só ficar com ela em finais de semana, mas sei que é um esforço necessário para meu momento de vida e meu crescimento pessoal.

 
 
 
Existem muitas comparações, sempre me perguntam como eu consigo gostar tanto de SP em meio ao  trânsito, poluição e violência, sendo que em Campinas, por mais que seja uma cidade grande é bem mais tranquila, e a resposta é a junção de vários fatores.
Primeiramente meu futuro, fazer o curso certo na melhor faculdade de comunicação do país já é um motivo enorme para aguentar o caos de São Paulo. Segundo fator é que após um ano de curso concluído, conheci muitas pessoas, e essas são em sua maioria responsáveis por eu gostar tanto daqui, outro fator é o ritmo que essa cidade possui São Paulo não para. Em questão de entretenimento, por exemplo, sempre tem uma nova atração, uma nova peça de teatro, uma inauguração, uma balada, um restaurante. A quantidade de opções nessa cidade me fascina e é também o que me faz querer morar aqui para sempre.
 
Poderia ficar listando mil motivos do porque eu gosto tanto de SP, mas já apresentei os principais fatores para justificar o porquê essa experiência foi, é, e continuará sendo a melhor da minha vida. Aprendi muito com apenas um ano nessa cidade e só tenho a aprender, mais, mais e mais.. Portanto, não tenho duvidas de que aqui é o meu lugar e de que eu sou apaixonada por São Paulo.

                                                                                                           Isabela Barne Santos

Uma viagem pra vida toda - Victor Hugo Ogata




Até hoje não conheci alguém que não tenha a vontade de fazer a famosa viagem dos sonhos pra conhecer os parques de Walt Disney World na Florida(EUA). Eu mesmo desde muito pequeno me pegava assistindo filmes que mostravam imagens do lugar em seus trailers e dizia para meus pais que um dia eu iria pra lá.
Meu desejo não tardou muito a ser realizado. No ano 2000, quando tinha 8 anos, minha família decidiu que nossas férias seriam dedicadas à conhecer o maravilhoso mundo mágico. Até então eu não tinha ideia de como eram as coisas foram do meu mundinho de criança. Não imaginava como o mundo podia ser grande e como podiam existir culturas tão diferentes. Em síntese, essa viagem foi uma descoberta para mim, além da realização de um sonho. Embora não me lembre muito bem, nunca vou esquecer a primeira vez que subi em um avião, a primeira vez que vi o Mickey Mouse(e achei o máximo imaginando que ele era de verdade) e como me senti pequeno diante de toda aquela imensidão de fantasia e alegria que paira pelos parques. Para uma criança, é uma experiência inesquecível que alimenta os sonhos de toda uma infância.
Aos 16, já mais maduro, fiz um intercâmbio para New York(EUA) com meus primos e amigos e antes de voltar ao Brasil ficaríamos quatro dias nos parques em Orlando. Foi a segunda vez que tive contato com o Walt Disney World e posso dizer abertamente que a sensação é completamente diferente de quando se tem a mente fantasiosa de uma criança. Você sabe que aquilo tudo não é de verdade, você sabe que aquilo é apenas um conjunto de parques de diversão, mas nem mesmo isso faz com o que o lugar perca sua magia. Embora o contexto seja outro (pois além de estar com pessoas da minha idade dessa vez também tinha a liberdade de ir e vir pra onde quisesse) essa nova experiência foi tão marcante quanto a primeira para mim. Perdi meu medo de atrações mais dinâmicas como montanhas-russas, fiz amigos novos de diferentes lugares do Brasil e do mundo e conheci alguém que posso dizer que talvez tenha sido minha primeira paixão adolescente. Para alguém nessa idade, embora estejamos um pouco mais céticos, ainda é uma experiência como nenhuma outra.
Por fim, recentemente tive meu terceiro contato com o lugar. Aos 20 anos pouca coisa muda em relação ao ceticismo quanto às fantasias e aos sonhos infantis, mas repito: o maravilhoso mundo de Disney não perde sua magia. É como se o lugar fosse envolto por uma felicidade contagiante que consegue tocar corações de todas as faixas etárias mostrando que não tem nada de mal em voltar a se sentir uma criança às vezes e também que a vida não precisa ser levada a sério 365 dias por ano. Eu com certeza retornarei ao Walt Disney World para descobrir qual é a sensação de se pisar ali para um adulto, talvez já com uma família formada pois faço questão de que meus filhos tenham essa mesma oportunidade que eu acredito que todos deveriam ter. Uma experiência válida pra todas as idades.




Victor Hugo Boissoni Ogata


Comunicação dançante.




 A dança nada mais é do que um modo de se expressar através da linguagem do corpo , sem ajuda das palavras. Para o publico ou simplesmente para si mesmo. Já o tango vai além de uma dança, é a maneira de duas pessoas completamente diferentes entrarem em sintonia tornando-se um só corpo, seduzindo, desafiando,aceitando e expondo o que estão  sentindo, mas sem uma única troca de palavras. Nessa dança a comunicação é feita pelo atrelamento dos braços, pelo peso do corpo, por olhares e pelo ritmo da música. Na minha primeira aula o professor explicou que no tango nós reposicionamos os olhos, um no centro do peito e outro no abdômen, os corpos devem se olhar  e se entender. São os ombros que definem as direções, as torções e até onde as pernas devem ir, o abraço vai variar de acordo com o parceiro pode ser mais afastado com apenas o toque dos braços, o meio abraço com o contado da metade do peitoral e o abraço colado; ele é o responsável pela agilidade e facilidade na qual o passos serão dados. As pernas ao se deslocarem vão se alternando, uma sempre estará flexionada quando a outra estiver esticada e assim permitindo que um de ou invada o espaço do outro. É essa conexão que vai fazer com que a dupla se aperfeiçoe. Cada música junto com a imaginação nos guia para uma história diferente, para um mundo onde a fala não tem valor algum, mas que o toque vai dizer tudo.
                      
Francesca Cosenza

SPFW - Paula Navarro

  Aos 12 anos, tive uma experiência estética tão marcante na minha vida, que ela me fez escolher o que eu queria ser e o caminho que iria seguir. Meu pai trabalhava em uma gráfica que produzia os convites para o SPFW, especificamente para o stand da Vicunha, e um belo dia de janeiro, no ano de 2005, eu e minha família fomos conhecer.
  Como o convite era apenas para o stand da Vicunha, não tinha acesso aos desfiles, mas por sorte, força maior do destino, ou como eu prefiro acreditar, pura vontade de Deus, consegui entrar no desfile do Reinaldo Lourenço bem próxima à passarela. As pessoas naquele lugar me intimidavam, não me senti confortável e nem uma paixão por aquele lugar, parecia mais que todos gritavam por atenção com suas roupas chamativas que expressava apenas o desespero por ser visto.
   As luzes se apagaram, um barulho de chuva começou com uma luz central focando umas folhas secas penduradas no teto. Ali, aquelas pessoas já não importavam mais, a cada passo de cada modelo meu coração pulava, mais do que a uma roupa, surgia junto com ela uma emoção, uma emoção que sinto até hoje e que seria impossível descrever aqui. Naquele dia eu tive a certeza de que o meu lugar era ali.
  A minha visão sobre a moda teve inicio naquele dia, naquele momento. Não eram mais apenas roupas, ou apenas um evento, era uma forma de expressão, era a expressão que eu fui feita para fazer, a qual o meu corpo, os meus pensamentos e habilidades correspondem. Confesso que cheguei a tentar fugir deste caminho, e por muitas vezes me enganei que não sobreviveria no meio de tais pessoas que tanto me intimidavam, mas toda vez que eu fechava os olhos, era aquele dia que voltava na minha cabeça, e com a certeza de que aquele era o meu lugar.