Eu tinha 10 anos, eu estava passando minhas ferias de julho na Franca. Desde que eu cheguei da Franca, no Brasil, com 3 anos, eu sempre passo o mes de julho e o de janeiro na Franca. Era um verao commun, eu estava brincando com as minhas bonecas antes de ir encontrar meu pai, pois eu estava em casa com a minha mae e minha irma. Minha irma gritou "Mamae vou dar a ultima volta de motinho", minha mae falou que tudo bem e que ela ia tomar banho pra se arrumar. Minha irma tinha 12 anos. Depois de uns 15 minutos, eu escuto "AJUUUDAAA". Meu corpo estremeceu inteiro. Eu corri para o jardim, quando eu vejo minha irma no chao, com o capacete, e toda cortada. Ela tinha passado por uma porta de vidro com a motinho eletrica. Meu padrasto estava do lado dela tentando fechar os cortes enormes que ela tinha nas pernas e nos bracos. Eu corri para o banheiro, quando meu pai ligou no telefone para saber se minha mae ia nos deixar logo com ele. Eu nao conseguia falar, so chorava e gaguejava. Minha mae, nao entendia nada, ela estava saindo do banho no maior desespero porque sabia que algo tinha acontecido. Desligamos entao o telefone, deixando meu pai desesperado tambem pois nao sabia oque estava acontecendo com suas filhas. Eu voltei para o jardim com toalhas, e comecei a fazer pressao nos cortes da minha irma pra ela nao perder tanto sangue. Foi o pior momento de minha vida. Eu vi minha irma, o interior dela, a perna dela aberta, deixando os musculos cheios de sangue aparecendo. Mas eu tinha que ser forte pois quem estava sofrendo era ela, eu tinha que ajudar. Minha mae chamou a ambulancia, e veio ajudar a segurar os cortes de minha irma. Estava um sol escaldante do verao europeu, eu fui entao buscar um guarda-sol e fiquei segurando ele para proteger minha irma. Esta experiencia foi uma das experiencias mais marcantes da minha vida, pois eu nunca havia visto nenhum acidente, e o primeiro que eu vi, foi com minha irma. Um sentimento horrivel invade seu corpo, com um medo de nao poder ser util, pra salvar a vida da pessoa que voce ama. Eu queria fazer tudo que eu pudesse pra ajudar, mas so podia segurar suas feridas com toalhas e segurar o guarda-sol enquanto a ambulancia nao chegava. Hoje em dia ela tem cicatrizes enormes nas duas pernas e no braco direito. Virou uma caracteristica dela, suas cicatrizes. Sem elas nao seria a mesma pois marca um momento muito marcante na nossa vida, e nao sao feias as cicatrizes, sao um charme, uma coisa unica, por mais que as pessoas ao primeiro ver se assustem um pouco.
Chloe Cavelan
quarta-feira, 20 de março de 2013
Dream Valley Festival 2012 - MAURÍCIO ASSAN
Viajei com meu primo em 2012 para um dos maiores festivais de musica eletronica do pais, o festival acontece no Sul do País no Parque Beto Carrero World, foi nossa primeira viagem sozinho.
Fizemos todas as reservas, hotel, passagem e ingressos uma semana antes, foi tudo bem corrido, em cima da hora.
Estavamos com muito receio das coisas darem errado, quando embarcamos no aviao pensamos, "Seja o que Deus quiser"e fomos, nao sabiamos direito aonde era o hotel, como íamos chegar no hotel, estavamos totalmente perdidos.
Quando chegamos no aeroporto pensamos na hora que teriamos que dormir por lá no primeiro dia, afinal, o aeroporto era muito ruim, sem estrutura alguma e ja eram 04:00 da manha mas, quando saimos na rua percebemos que tinha mais taxistas do que passageiros.
Para nossa surpresa o meu primo tinha esquecido o nome do hotel, passamos por 4 hotéis antes de descobrirmos o nosso mas, encontramos, o hotel ficava a 5 minutos do aeroporto.
Estavamos muito ansiosos, chegamos no hotel e nao conseguimos dormir, saimos para conhecer a cidade de Navegantes em plena madrugada, ficamos sabendo que tinha uma praia a menos de 10 minutos a pé.
No mesmo dia a tarde fomos na praia gastar tempo pois, ainda faltara dois dias para o primeiro dia de festival, ficamos o dia inteiro na praia e a noite ficavamos no hotel fazendo nada, no dia seguinte fomos de carro para o Warung, um dos melhores clubs do Brasil.
Chegado o dia do festival estavamos muito ansiosos, o festival abria os portoes as 18:00 e nós preferimos chegar as 14:00 por que nao aguentavamos mais esperar no hotel sem fazer nada.
Quando passamos as catracas do festival corremos para o palco principal garantir um lugar perto dos djs, a emoçao era muito grande, mal podiamos acreditar que estavamos ali, prontos pra ver os melhores djs do mundo, meus idolos.
Steve Aoki, Armin Van Buuren, Zedd, Nervo, Sharam, Hardwell, David Gueta, Calvin Harris, Justice formavam um line up impecavel, a emoçao ficou a flor da pele o festival inteiro, que durava das 18:00 as 08:00.
Quando o segundo dia do festival acabou queríamos mais, por mim ficaria mais uma semana naquele ritmo sem pensar duas vezes, a "vibe" era incrivel, 50 mil pessoas ao seu redor, todos com o mesmo propósito, curtir tudo que a musica eletronica de melhor.
AMAZING!
terça-feira, 19 de março de 2013
Apaixonada por São Paulo.
Pode parecer supérfluo, ou até banal, mas a melhor experiência da minha vida foi a minha mudança para a maior metrópole do País. Sou de Campinas, interior de São Paulo e sai da minha cidade para fazer a faculdade de comunicação da FAAP. Geograficamente dizendo não há uma diferença gritante, pois Campinas fica a 70/80 minutos de São Paulo, mas nos outros aspectos posso ver o quanto aprendi e ainda aprendo com toda essa mudança.
A parte mais difícil de toda essa mudança é com certeza ficar sem a minha mãe, já que a relação que eu possuo com ela não se baseia apenas em Mãe – Filha vai, além disso. É o cotidiano, chegar em casa, ver ela e poder contar o que aconteceu no meu dia sem ser por telefone, poder olhar a reação da pessoa, dar abraço, pedir um abraço. É aquela coisa, “ser mimada pela mãe”. Sinto falta da minha mãe todos os dias, e acho muito pouco só ficar com ela em finais de semana, mas sei que é um esforço necessário para meu momento de vida e meu crescimento pessoal.
Existem
muitas comparações, sempre me perguntam como eu consigo gostar tanto de SP em
meio ao trânsito, poluição e violência, sendo que em Campinas, por mais que seja uma
cidade grande é bem mais tranquila, e a resposta é a junção de vários fatores.
Primeiramente meu futuro, fazer o curso certo na melhor faculdade de
comunicação do país já é um motivo enorme para aguentar o caos de São Paulo. Segundo
fator é que após um ano de curso concluído, conheci muitas pessoas, e essas são
em sua maioria responsáveis por eu gostar tanto daqui, outro fator é o ritmo
que essa cidade possui São Paulo não para. Em questão de entretenimento, por
exemplo, sempre tem uma nova atração, uma nova peça de teatro, uma inauguração,
uma balada, um restaurante. A quantidade de opções nessa cidade me fascina e é
também o que me faz querer morar aqui para sempre.
Poderia
ficar listando mil motivos do porque eu gosto tanto de SP, mas já apresentei os
principais fatores para justificar o porquê essa experiência foi, é, e
continuará sendo a melhor da minha vida. Aprendi muito com apenas um ano nessa cidade e só tenho a aprender, mais, mais e mais.. Portanto, não
tenho duvidas de que aqui é o meu lugar e de que eu sou apaixonada por São Paulo.
Isabela Barne Santos
Uma viagem pra vida toda - Victor Hugo Ogata
Até hoje não conheci alguém que não tenha a
vontade de fazer a famosa viagem dos sonhos pra conhecer os parques de Walt
Disney World na Florida(EUA). Eu mesmo desde muito pequeno me pegava assistindo
filmes que mostravam imagens do lugar em seus trailers e dizia para meus pais
que um dia eu iria pra lá.
Meu desejo não tardou muito a ser
realizado. No ano 2000, quando tinha 8 anos, minha família decidiu que nossas
férias seriam dedicadas à conhecer o maravilhoso mundo mágico. Até então eu não
tinha ideia de como eram as coisas foram do meu mundinho de criança. Não
imaginava como o mundo podia ser grande e como podiam existir culturas tão
diferentes. Em síntese, essa viagem foi uma descoberta para mim, além da
realização de um sonho. Embora não me lembre muito bem, nunca vou esquecer a
primeira vez que subi em um avião, a primeira vez que vi o Mickey Mouse(e achei
o máximo imaginando que ele era de verdade) e como me senti pequeno diante de
toda aquela imensidão de fantasia e alegria que paira pelos parques. Para uma
criança, é uma experiência inesquecível que alimenta os sonhos de toda uma
infância.
Aos 16, já mais maduro, fiz um intercâmbio
para New York(EUA) com meus primos e amigos e antes de voltar ao Brasil
ficaríamos quatro dias nos parques em Orlando. Foi a segunda vez que tive
contato com o Walt Disney World e posso dizer abertamente que a sensação é
completamente diferente de quando se tem a mente fantasiosa de uma criança.
Você sabe que aquilo tudo não é de verdade, você sabe que aquilo é apenas um conjunto
de parques de diversão, mas nem mesmo isso faz com o que o lugar perca sua
magia. Embora o contexto seja outro (pois além de estar com pessoas da minha
idade dessa vez também tinha a liberdade de ir e vir pra onde quisesse) essa
nova experiência foi tão marcante quanto a primeira para mim. Perdi meu medo de
atrações mais dinâmicas como montanhas-russas, fiz amigos novos de diferentes
lugares do Brasil e do mundo e conheci alguém que posso dizer que talvez tenha
sido minha primeira paixão adolescente. Para alguém nessa idade, embora
estejamos um pouco mais céticos, ainda é uma experiência como nenhuma outra.
Por fim, recentemente tive meu terceiro
contato com o lugar. Aos 20 anos pouca coisa muda em relação ao ceticismo
quanto às fantasias e aos sonhos infantis, mas repito: o maravilhoso mundo de
Disney não perde sua magia. É como se o lugar fosse envolto por uma felicidade
contagiante que consegue tocar corações de todas as faixas etárias mostrando
que não tem nada de mal em voltar a se sentir uma criança às vezes e também que
a vida não precisa ser levada a sério 365 dias por ano. Eu com certeza
retornarei ao Walt Disney World para descobrir qual é a sensação de se pisar
ali para um adulto, talvez já com uma família formada pois faço questão de que
meus filhos tenham essa mesma oportunidade que eu acredito que todos deveriam
ter. Uma experiência válida pra todas as idades.
Victor Hugo Boissoni Ogata
Comunicação dançante.
A dança nada mais é do que um modo de se expressar através da linguagem do corpo , sem ajuda das palavras. Para o publico ou simplesmente para si mesmo. Já o tango vai além de uma dança, é a maneira de duas pessoas completamente diferentes entrarem em sintonia tornando-se um só corpo, seduzindo, desafiando,aceitando e expondo o que estão sentindo, mas sem uma única troca de palavras. Nessa dança a comunicação é feita pelo atrelamento dos braços, pelo peso do corpo, por olhares e pelo ritmo da música. Na minha primeira aula o professor explicou que no tango nós reposicionamos os olhos, um no centro do peito e outro no abdômen, os corpos devem se olhar e se entender. São os ombros que definem as direções, as torções e até onde as pernas devem ir, o abraço vai variar de acordo com o parceiro pode ser mais afastado com apenas o toque dos braços, o meio abraço com o contado da metade do peitoral e o abraço colado; ele é o responsável pela agilidade e facilidade na qual o passos serão dados. As pernas ao se deslocarem vão se alternando, uma sempre estará flexionada quando a outra estiver esticada e assim permitindo que um de ou invada o espaço do outro. É essa conexão que vai fazer com que a dupla se aperfeiçoe. Cada música junto com a imaginação nos guia para uma história diferente, para um mundo onde a fala não tem valor algum, mas que o toque vai dizer tudo.
Francesca Cosenza
SPFW - Paula Navarro
Aos 12 anos, tive uma experiência estética tão marcante na minha vida, que ela me fez escolher o que eu queria ser e o caminho que iria seguir. Meu pai trabalhava em uma gráfica que produzia os convites para o SPFW, especificamente para o stand da Vicunha, e um belo dia de janeiro, no ano de 2005, eu e minha família fomos conhecer.
Como o convite era apenas para o stand da Vicunha, não tinha acesso aos desfiles, mas por sorte, força maior do destino, ou como eu prefiro acreditar, pura vontade de Deus, consegui entrar no desfile do Reinaldo Lourenço bem próxima à passarela. As pessoas naquele lugar me intimidavam, não me senti confortável e nem uma paixão por aquele lugar, parecia mais que todos gritavam por atenção com suas roupas chamativas que expressava apenas o desespero por ser visto.
As luzes se apagaram, um barulho de chuva começou com uma luz central focando umas folhas secas penduradas no teto. Ali, aquelas pessoas já não importavam mais, a cada passo de cada modelo meu coração pulava, mais do que a uma roupa, surgia junto com ela uma emoção, uma emoção que sinto até hoje e que seria impossível descrever aqui. Naquele dia eu tive a certeza de que o meu lugar era ali.
A minha visão sobre a moda teve inicio naquele dia, naquele momento. Não eram mais apenas roupas, ou apenas um evento, era uma forma de expressão, era a expressão que eu fui feita para fazer, a qual o meu corpo, os meus pensamentos e habilidades correspondem. Confesso que cheguei a tentar fugir deste caminho, e por muitas vezes me enganei que não sobreviveria no meio de tais pessoas que tanto me intimidavam, mas toda vez que eu fechava os olhos, era aquele dia que voltava na minha cabeça, e com a certeza de que aquele era o meu lugar.
Como o convite era apenas para o stand da Vicunha, não tinha acesso aos desfiles, mas por sorte, força maior do destino, ou como eu prefiro acreditar, pura vontade de Deus, consegui entrar no desfile do Reinaldo Lourenço bem próxima à passarela. As pessoas naquele lugar me intimidavam, não me senti confortável e nem uma paixão por aquele lugar, parecia mais que todos gritavam por atenção com suas roupas chamativas que expressava apenas o desespero por ser visto.
As luzes se apagaram, um barulho de chuva começou com uma luz central focando umas folhas secas penduradas no teto. Ali, aquelas pessoas já não importavam mais, a cada passo de cada modelo meu coração pulava, mais do que a uma roupa, surgia junto com ela uma emoção, uma emoção que sinto até hoje e que seria impossível descrever aqui. Naquele dia eu tive a certeza de que o meu lugar era ali.
A minha visão sobre a moda teve inicio naquele dia, naquele momento. Não eram mais apenas roupas, ou apenas um evento, era uma forma de expressão, era a expressão que eu fui feita para fazer, a qual o meu corpo, os meus pensamentos e habilidades correspondem. Confesso que cheguei a tentar fugir deste caminho, e por muitas vezes me enganei que não sobreviveria no meio de tais pessoas que tanto me intimidavam, mas toda vez que eu fechava os olhos, era aquele dia que voltava na minha cabeça, e com a certeza de que aquele era o meu lugar.
Viagem das Férias
Ao realizar esse trabalho, fiquei em duvida em relação ao que escrever, muitas coisas passaram pela minha cabeça, mas resolvi falar sobre uma experiência que me marcou muito.
Durante as férias, eu e meu namorado fomos viajar de navio. Eu já havia viajando antes e mesmo assim foi algo novo pra mim também, pois dessa vez estava indo apenas nós dois, e eu nunca havia feito uma viagem assim apenas eu e meu namorado.
Fomos em um cruzeiro que passava pelo Rio de Janeiro, Salvador, Ilheus, Ilhabela e Santos. Foi uma experiência incrível, me senti livre, fiz o que queria sem dar satisfação pra ninguém, fui aonde eu quis e nao tinha ninguém pegando no meu pé.
Nao dependíamos de ninguém, tive que ser mais organizada com minhas coisas,ter mais responsabilidade, organizar melhor o dinheiro, saber administrar essas coisas.
Um fato que ocorreu, que na hora entrei em desespero mas depois que tudo passou dei risada foi quando descemos na Bahia- Salvador, fizemos um tour pelos pontos mais importantes e depois tínhamos um tempo para passear lá e em uma hora a excursão voltaria para o navio. Eu e meu namorado estávamos sem relógio e com o celular sem bateria, entao já viu.. perdemos a hora! quando fui ver já era muito mais tarde e o grupo já tinha ido embora faz tempo, já estava noite.. Ficamos lá sem saber o que fazer, falei com um guarda que tentou nos ajudar, ficamos esperando algo e nada.. e nem um taxi podíamos pegar pois nosso dinheiro tinha acabado também! Depois de mais de uma hora esperando e conversando com o guarda, chega um onibus com um grupo de pessoas, o onibus vinha do nosso navio e a empresa era a mesma que a nossa. Foi muita sorte isso ter acontecido com nós, ainda mais porque nao existem excursões durante a noite, aquilo era algo muito raro de acontecer.
Com essa viagem aprendi a ter mais responsabilidade, a saber mais sobre as coisas, a me virar sozinha, cumprir horários. Foi uma das melhores viagens que já fiz, fora o visual, a paisagem e o ambiente que é lindo, cheio de detalhes.
Bom, essa foi a minha viagem, amei ela e faria varias vezes de novo sem mudar nada! Sem falar que foi no meu aniversario que embarcamos, nao tinha como ter comemorado de um jeito melhor!
Ana Maria Amaral
Intercâmbio para o Canadá- Lívia Araújo
Ano
de 2011. Um ano com mudanças, descobertas, amadurecimentos, medo, confiança,
novas amizades, um ano onde muita coisa mudou. Quando terminei o ensino médio percebi que nao estava preparada para enfrentar uma faculdade ou até mesmo para
escolher uma profissão na qual definiria o meu futuro, eram muitas duvidas e eu
precisava de um tempo para pensar, então foi quando eu decidi morar seis meses
no Canadá, um lugar maravilhoso com uma cultura exemplar. Morei por quatro
meses em Vancouver, cheguei no inverno e o frio de lá era absurdo. Conheci
todos os pontos turísticos, morei em uma casa de canadenses onde sempre fui
muito bem tratada e morava comigo uma colombiana éramos praticamente irmãs.
Consegui
desenvolver bastante meu inglês e adquirir mais confiança, como Vancouver é uma
cidade pequena e eu tinha praticamente conhecido os principais lugares percebi
que precisava arriscar um pouco mais, foi quando eu e uma amiga de Santos que
eu conheci lá decidimos conhecer novos lugares, faltava apenas dois meses para
essa viagem inesquecível terminar entao fomos morar em Montreal, na verdade
minha host Family acabou sendo em Quebec mas eu estudava em Montreal, foi tudo
muito diferente de Vancouver.. cheguei lá e percebi que aquela cidade era
enorme totalmente diferente do que eu estava acostumada, me senti sozinha e
muito perdida, por mais que tivesse minha amiga do meu lado eu tinha deixado
todos os meus amigos que estavam comigo o tempo todo para traz. Mas foi o que
eu tinha escolhido e se eu estava lá para arriscar mais um pouco, precisava ser
forte. Continuei estudando na mesma rede de escola a ILSC e meu inglês foi
ficando cada vez melhor, acabei aprendendo um pouquinho do francês também
afinal lá o francês e o inglês são as principais línguas, tem lugar que era necessário falar só o francês e outra só o inglês, mas também tem lugar em Montreal que se falavam os dois idiomas.
Se
passaram mais dois meses e essa aventura que iniciei em janeiro estava chegando
ao fim, uma aperto no coração por deixar para traz amigos maravilhosos que
conheci, pessoas que jamais vou esquecer que são para vida inteira, mas ao
mesmo tempo, um alivio em saber que eu estaria voltando e encontraria toda a
minha família, a saudades era enorme. Foram os seis meses mais rápidos da minha
vida e com certeza essa foi uma experiência estética para mim, uma experiência
na qual eu jamais vou esquecer.
Um dia de cada vez... - Rayanne Leivas
Cada um de nós tem uma história, uma vivência e muitas experiências que são o que nos caracterizam e diferenciam dos demais. Mesmo que as situações se assemelhem, cada um de nós as recebe e reage de um modo todos particular, fazendo disso o ponto fundamental que nos difere e nos define como seres únicos. Meu relato, será sob este ponto de vista, analisando fatos e associando-os às reações, acima referidas.
Tudo começou há três anos atrás, quando vim morar em São Paulo. Nascida e criada em Porto Alegre, tinha lá minhas raízes, meus parentes, meus interesses e amizades.
Confesso que foi muito difícil aceitar e assimilar a ideia de deixar tudo para trás e começar uma nova vida em um lugar totalmente desconhecido. Tudo ficou ainda mais complicado, pelo fato de que justamente no ano da nossa mudança para cá, era o ano da minha formatura no terceirão. Mil planos, programações e expectativas para um ano letivo cheio de muitas atividades, que culminariam com a festa de formatura.
Tudo parecia ter perdido a cor e o sentido e a cada vez que lembrava da viagem, ficava pensando em como lidar com tudo isso...O tempo nunca passou tão rápido como naquele ano...e como era esperado, chegou o dia D...
Completamente contrariada, respirei fundo e decidi encarar a mudança de um modo que me deixasse mais confortável, já que esta seria a minha nova vida, a minha nova realidade dali pra frente. Cidade nova, novos colegas, tudo novo...e aos poucos estas novidades foram criando em mim um novo espírito, um novo olhar. Aos poucos, tudo o que antes parecia sem graça e desinteressante, começou a parecer mais familiar, a ter sentido e a cada dia fazer mais parte da minha rotina.
Hoje, estou completamente adaptada e feliz com a minha nova vida, nesta cidade, e nem sequer consigo imaginar minha vida longe daqui e tão pouco longe de todas as amizades que conquistei e que me conquistaram.
Tudo começou há três anos atrás, quando vim morar em São Paulo. Nascida e criada em Porto Alegre, tinha lá minhas raízes, meus parentes, meus interesses e amizades.
Confesso que foi muito difícil aceitar e assimilar a ideia de deixar tudo para trás e começar uma nova vida em um lugar totalmente desconhecido. Tudo ficou ainda mais complicado, pelo fato de que justamente no ano da nossa mudança para cá, era o ano da minha formatura no terceirão. Mil planos, programações e expectativas para um ano letivo cheio de muitas atividades, que culminariam com a festa de formatura.
Tudo parecia ter perdido a cor e o sentido e a cada vez que lembrava da viagem, ficava pensando em como lidar com tudo isso...O tempo nunca passou tão rápido como naquele ano...e como era esperado, chegou o dia D...
Completamente contrariada, respirei fundo e decidi encarar a mudança de um modo que me deixasse mais confortável, já que esta seria a minha nova vida, a minha nova realidade dali pra frente. Cidade nova, novos colegas, tudo novo...e aos poucos estas novidades foram criando em mim um novo espírito, um novo olhar. Aos poucos, tudo o que antes parecia sem graça e desinteressante, começou a parecer mais familiar, a ter sentido e a cada dia fazer mais parte da minha rotina.
Hoje, estou completamente adaptada e feliz com a minha nova vida, nesta cidade, e nem sequer consigo imaginar minha vida longe daqui e tão pouco longe de todas as amizades que conquistei e que me conquistaram.
Muros, Música e Manifestação
A vida não é algo estático, quando se pensa que já se viu de tudo e que nada mais o surpreende, aparece alguma coisa completamente nova e te faz pensar se realmente nós podemos saber o que precisamos.
Pois bem, estes momentos estão sempre presentes em minha vida, quando eu menos espero, seja na rua, na escola, em sua casa, faculdade, em shows ou até em meus sonhos.
Já fui em 3 ou 4 shows, todos incríveis, mas nenhum me impressionou mais que o show do músico Roger Waters (ex-integrante da banda Pink Floyd) recriando um dos maiores shows teatrais da história (O The Wall, realizado inicialmente em 1980), um show que representa o que aconteceu durante e depois a Segunda Guerra Mundial, a onda consumista que se instalou nos EUA e no resto do mundo, mostrando que somos todos "Tijolos do Muro" (analogia ao Muro de Berlim), seres completamente iguais e fechados no nosso próprio mundo.
O show contou com um grande muro feito de tijolos com projetores, que iam alterando a imagem conforme a música, e eram o grande atrativo do evento.
Quando o show começou, Roger Waters entra com um sobretudo preto de couro, imitando um membro do partido nazista, ao som da música "In The Flesh", ao começo da música, pensei que seria como os outros shows em que eu fui, nos quais eu cantei e pulei até ficar rouco e sem forças no dia seguinte, mas então, os tijolos começaram a ilustrar a música, com soldados correndo e atirando, até chegar ao fim da música, e quando esta foi se acabando, um avião preso a uma roldana despenca, atingindo o muro e o despedaçando, fiquei surpreso ao ver aquilo, pois era inesperado, ao começar a segunda música, o show foi avançando e as músicas passando, e eu estava boquiaberto com a qualidade musical e visual da apresentação, pois nunca havia visto algo tão bem planejado e ensaiado acontecer diante dos meus olhos.
A primeira parte do show foi exatamente o primeiro CD do álbum homônimo ao nome da turnê, esta parte trata da infância do personagem "Pink", um artista que se afunda em drogas e depressão, ao fechar o primeiro CD, há uma pausa de aproximadamente 30 minutos, nessa pausa, o muro já estava remontado da queda do avião, e nele estavam projetados fotos de pessoas desaparecidas durante a Guerra do Iraque, enviadas pelos familiares, estava explícito que o propósito daquele show, não era apenas nos impressionar com a estética, mas também fazer com que reflitamos sobre o que estamos fazendo com a nossa sociedade, que havia sido feita para reunir semelhantes e sobreviver, mas atualmente excluímos aqueles diferentes e ignoramos problemas que estão bem à nossa frente.
Quando o show retornou, tocaram a lista do segundo CD, que retrata a decadência do personagem "Pink", começando com "Hey You" (Ei Você) , descrevendo alguém que esteja "fora do muro, morrendo e congelando", como se fosse os que excluíssemos, sua continuação é dada por "Is There Anybody Out There?" (Há alguém aí fora?), onde o retrato da depressão realmente começou, uma música com apenas uma frase, "is there anybody out there?" e um teclado de suspense, nos muros estava projetado um corredor cercado por paredes de tijolos, quando em um dado momento, um ser totalmente pálido de cabelos finos passa correndo arranhando as paredes e soltando um grito de desespero, pude sentir o mesmo que ele no exato momento.
Mais para frente, a equipe do show lança um Porco Inflável suspenso acima da platéia, cheio de pichações como "Muita Fé, Pouca Luta", "Confie em Nós", um símbolo com dois martelos cruzados, parodiando a suástica Nazista, entre outros, realmente tudo naquele show fez eu repensar o que eu sabia sobre tudo, e cheguei à conclusão clássica: "Só sei que nada sei."
Eduardo Perego Cavalcante
Pois bem, estes momentos estão sempre presentes em minha vida, quando eu menos espero, seja na rua, na escola, em sua casa, faculdade, em shows ou até em meus sonhos.
Já fui em 3 ou 4 shows, todos incríveis, mas nenhum me impressionou mais que o show do músico Roger Waters (ex-integrante da banda Pink Floyd) recriando um dos maiores shows teatrais da história (O The Wall, realizado inicialmente em 1980), um show que representa o que aconteceu durante e depois a Segunda Guerra Mundial, a onda consumista que se instalou nos EUA e no resto do mundo, mostrando que somos todos "Tijolos do Muro" (analogia ao Muro de Berlim), seres completamente iguais e fechados no nosso próprio mundo.
O show contou com um grande muro feito de tijolos com projetores, que iam alterando a imagem conforme a música, e eram o grande atrativo do evento.
![]() |
| Resposta à pergunta "Mãe, eu devo confiar no governo?" na música "Mother" |
A primeira parte do show foi exatamente o primeiro CD do álbum homônimo ao nome da turnê, esta parte trata da infância do personagem "Pink", um artista que se afunda em drogas e depressão, ao fechar o primeiro CD, há uma pausa de aproximadamente 30 minutos, nessa pausa, o muro já estava remontado da queda do avião, e nele estavam projetados fotos de pessoas desaparecidas durante a Guerra do Iraque, enviadas pelos familiares, estava explícito que o propósito daquele show, não era apenas nos impressionar com a estética, mas também fazer com que reflitamos sobre o que estamos fazendo com a nossa sociedade, que havia sido feita para reunir semelhantes e sobreviver, mas atualmente excluímos aqueles diferentes e ignoramos problemas que estão bem à nossa frente.
Quando o show retornou, tocaram a lista do segundo CD, que retrata a decadência do personagem "Pink", começando com "Hey You" (Ei Você) , descrevendo alguém que esteja "fora do muro, morrendo e congelando", como se fosse os que excluíssemos, sua continuação é dada por "Is There Anybody Out There?" (Há alguém aí fora?), onde o retrato da depressão realmente começou, uma música com apenas uma frase, "is there anybody out there?" e um teclado de suspense, nos muros estava projetado um corredor cercado por paredes de tijolos, quando em um dado momento, um ser totalmente pálido de cabelos finos passa correndo arranhando as paredes e soltando um grito de desespero, pude sentir o mesmo que ele no exato momento.
Mais para frente, a equipe do show lança um Porco Inflável suspenso acima da platéia, cheio de pichações como "Muita Fé, Pouca Luta", "Confie em Nós", um símbolo com dois martelos cruzados, parodiando a suástica Nazista, entre outros, realmente tudo naquele show fez eu repensar o que eu sabia sobre tudo, e cheguei à conclusão clássica: "Só sei que nada sei."
![]() |
| O Porco inflável |
Eduardo Perego Cavalcante
Paraíso em guerra - Stefani Eddo
Todo ano vou passar minhas férias de julho no Líbano, o país de origem dos meus pais. Essa viagem é sagrada para minha família, não trocamos por nada! É o momento em que revemos todos nossos familiares e presenciamos momentos maravilhosos. No ano de 2006, houve uma guerra no Líbano e eu e minha família estávamos lá. A guerra travada contra Israel começou uma semana depois de termos chego então não podíamos fazer nada, ninguém havia previsto. Graças a Deus, nós não estávamos na área de perigo que era principalmente Beirut ( capital do pais) e a região Sul, pois minha família vem do norte chamado "Akkar" que quer dizer interior. Porém ninguém podia ficar tranqüilo porque Israel bombardeou todas as pontes do país. Ou seja, não podíamos mais nos locomover, ir ao mercado, sair do país…
Foi ai que o desespero tomou conta da minha mãe, pois meu pai tinha ficado aqui no Brasil e ele não podia fazer nada. Todos os dias, escutávamos os aviões das forcas aéreas de Israel passar por cima de nossas casas, e todos os dias torcíamos para que tudo acabasse, para podermos voltar logo para o Brasil, já que nossas aulas já haviam começado. A guerra só parecia demorar mais e mais, todo dia nos noticiários víamos notícias horríveis, crianças mortas, casas destruídas, famílias separadas e nada disso parecia chegar ao fim.
Enfim, percebemos que não podíamos mais ficar ali e tínhamos que dar um jeito mesmo que não pudéssemos chegar ao aeroporto. Para voltarmos, tivemos que atravessar a fronteira do Líbano para a Síria e depois de ficar dois dias na casa de conhecidos que nos deram muito apoio pegamos um avião para a Franca para enfim chegarmos ao Brasil.
Mesmo tendo passado por tudo isso, eu não deixo de ir ao Líbano nenhum ano. É o lugar mais maravilhoso do mundo para mim e para minha família, a guerra já acabou porém ainda há muita tensão no pais, desta vez por causa da Síria, já que são vizinhos. O Líbano para mim representa a forca, porque mesmo depois de tantas guerras e conflitos ele sempre se reergue e o povo tem orgulho de fazer parte dessa luta. É um país com praias maravilhosas, monumentos históricos incríveis e festas que conseguem superar as do Brasil. Vale à pena conhecer!
Meus 15 anos
O sonho de toda menina é realizar os tão esperados 15 anos...e para mim não foi diferente.Festeira desde que me conheço por gente,comecei desde muito nova a planejar o dia em que iria poder celebrar com familiares e amigos queridos essa data tão especial.
Foi tudo preparado nos mínimos detalhes,dedicando em cada escolha toda a minha expectativa de um grande sonho a ser concretizado,desde a cor que seria utilizada nos papéis que embrulhavam os docinhos,até o vestido por mim desenhado.
Passados seis meses de pura ansiedade e trabalho duro,chegou o grande dia e confesso que estava nervosa,tomada por um turbilhão de sentimentos que palavras não são suficientes para descrever.
O lugar estava lindo,coberto de flores,absolutamente tudo como eu havia planejado e muito mais do que um dia havia imaginado para mim...
A presença dos meus convidados,a harmonia entre todos e clima de felicidade e boas vibrações foram os elementos que fizeram da minha festa única,mas desde o momento em que meu pai segurou a minha mão e a nossa música (My Girl -The Templations) começou a tocar e a partir desse instante dançamos como se ninguém ali existisse,conduzindo-me posteriormente ao meu avô cujo olhar emocionado jamias esquecerei,ao meu tio que assim como na valsa,sempre me acompanhou e que por fim me ao meu irmão e melhor amigo, me entreguei a uma emoção jamais vivenciada.
Esses momentos, não foram só os melhores da minha vida,mas são aqueles que com certeza ficarão eternizados em minhas lembraças e que hoje tenho a oportuinidade de reviver ao narrar sobre essa experiência inesquecível para mim!
Maria Gabriela Gusmão Mateucci
Lama, rock e encontro - Caio Dias
Perceber com os sentidos, é isso mesmo? Bom, vamos lá!
Eu era apenas um garoto atrás de um sonho. Desde os 15 anos eu acompanho o mercado de shows e entretenimento no Brasil, sempre de olho nos artistas que vinham tocar por aqui.
A vontade de estar envolvido nisso era tão grande que resolvi ir atrás de todas as grandes produtoras de shows internacionais de São Paulo. Mandava e-mails, ligava e ia sonhando sem parar na possibilidade de trabalhar em algum show.
Pretensão máxima para um menino de 15 anos, integrar grandes produções de artistas como U2 e Madonna. Impensável.
Depois de dois anos de tentativas frustradas, desisti. E no momento em que desisti, a oportunidade surgiu. Telefone toca, uma conversa rápida, ida a um escritório do Itaim, espera de um mês e eis que me confirmaram: eu estaria na equipe de produção de um grande festival de música, na época noticiado como o Woodstock brasileiro.
O festival era o SWU Music + Arts Festival, o ano 2010. Fui contratado para coordenar o backstage de um dos palcos, receber os artistas, cuidar dos camarins, horários e mais um monte de coisas malucas. Foram três dias, quase 200.000 pessoas e dezenas de bandas legais tocando em um festival gigantesco de rock. E eu estava lá! Trabalhando, vivendo, respirando aquilo que o mais queria na vida! Foram 15 dias de muito aprendizado, muita lama no local, muuuuito rock e um encontro de vida, um encontro comigo mesmo. Ali eu encontrei o que queria pro resto da vida.
Na hora em que o primeiro grande show da noite aconteceu, as luzes apagaram-se e um coro de 60.000 pessoas parecia gritar pra mim, direto no coração. Sentir aquela vibração, aquela onda de felicidade e plenitude das pessoas. Dali em diante, eu quis que a música e o "ao vivo" estivessem pra sempre na minha vida. Shows são momentos únicos, onde as pessoas se permitem esquecer dos problemas e preocupar-se apenas em ser feliz. São momentos plenos, únicos!
Desde então, fiz diversos outros eventos e shows, trabalhando com artistas como Rihanna, The Kooks, Miley Cyrus, Tears for Fears e muitos outros!
Eu era apenas um garoto atrás de um sonho. Desde os 15 anos eu acompanho o mercado de shows e entretenimento no Brasil, sempre de olho nos artistas que vinham tocar por aqui.
A vontade de estar envolvido nisso era tão grande que resolvi ir atrás de todas as grandes produtoras de shows internacionais de São Paulo. Mandava e-mails, ligava e ia sonhando sem parar na possibilidade de trabalhar em algum show.
Pretensão máxima para um menino de 15 anos, integrar grandes produções de artistas como U2 e Madonna. Impensável.
Depois de dois anos de tentativas frustradas, desisti. E no momento em que desisti, a oportunidade surgiu. Telefone toca, uma conversa rápida, ida a um escritório do Itaim, espera de um mês e eis que me confirmaram: eu estaria na equipe de produção de um grande festival de música, na época noticiado como o Woodstock brasileiro.
O festival era o SWU Music + Arts Festival, o ano 2010. Fui contratado para coordenar o backstage de um dos palcos, receber os artistas, cuidar dos camarins, horários e mais um monte de coisas malucas. Foram três dias, quase 200.000 pessoas e dezenas de bandas legais tocando em um festival gigantesco de rock. E eu estava lá! Trabalhando, vivendo, respirando aquilo que o mais queria na vida! Foram 15 dias de muito aprendizado, muita lama no local, muuuuito rock e um encontro de vida, um encontro comigo mesmo. Ali eu encontrei o que queria pro resto da vida.
Na hora em que o primeiro grande show da noite aconteceu, as luzes apagaram-se e um coro de 60.000 pessoas parecia gritar pra mim, direto no coração. Sentir aquela vibração, aquela onda de felicidade e plenitude das pessoas. Dali em diante, eu quis que a música e o "ao vivo" estivessem pra sempre na minha vida. Shows são momentos únicos, onde as pessoas se permitem esquecer dos problemas e preocupar-se apenas em ser feliz. São momentos plenos, únicos!
Desde então, fiz diversos outros eventos e shows, trabalhando com artistas como Rihanna, The Kooks, Miley Cyrus, Tears for Fears e muitos outros!
![]() |
| Montagem Miley Cyrus - Show no Anhembi |
![]() |
| Produção do SWU 2011 |
![]() |
| Produção da turnê da banda Tears For Fears |
O menino do Pijama listrado - Priscila Pereira
Eu sempre gostei de ler livros, era algo que me fascinava.
Geralmente quando esta próximo do meu aniversario peço para alguém, seja amigo
ou parente um livro de presente, as vezes penso que faço isso para ver se as
pessoas que estão ao meu redor me conhecem bem e acertam o tipo de livro que eu
gosto.
Quando completei quatorze anos recebi de uma grande amiga um
livro bastante peculiar, para falar a verdade nada me atraia nele começando por
sua capa: eram listras azuis e brancas. O primeiro pensamento que me ocorreu
foi – “Nossa! Eu nunca compraria um livro assim.” Sim, eu julguei o livro pela
capa. Fiquei ensaiando para lê-lo, após alguns meses finalmente o fiz, comecei
pelo titulo “O menino do pijama listrado”.
Vou ser bastante sincera o titulo não me atraiu nem um pouco
dei uma olhada e calculei que era mais ou menos quase duzentas paginas,
suspirei disse para mim mesma “vamos tentar”. E quando dei por mim não
conseguia mais parar de lê-lo, como se eu estivesse viciada, a verdade era que
eu não queria parar. Mas o que realmente me surpreendeu foi o que aconteceu nas
ultimas paginas: eu não queria que acabasse a historia. É engraçado porque passaram
alguns anos e eu ainda continuo me surpreendendo, é nesse ponto que eu percebo
o quanto os livros são poderosos.
Identifiquei-me muito com o livro. Não exatamente com a
historia,a final, não estamos em plena Segunda Guerra Mundial e não sou uma
garota de nove anos, mas com essência da trama e no final fiquei me
questionando sobre coisas que jamais haviam passado pela minha cabeça. Eu não
sei explicar mas isso agiu de maneira tão subjetiva sobre mim, logo eu que separava
as coisas de forma categórica não as misturando, talvez essa seria a minha
“cerca”, talvez lendo aquele livro eu tenha perdido a minha “inocência” como o
protagonista. Eu sentia que não era apenas palavras que compunha aquele livro,
eu também fazia parte daquilo (uma coisa estranha de dizer, não?!).

O mais curioso que eu acho de mim mesma é que toda vez que eu
vou ler esse livro (sim eu releio os livros que eu acho mais interessante)
sinto que algo sempre muda em mim.
Feito por Priscila Pereira
Numa só viagem
O que foi mais marcante na minha vida? Sem dúvidas, o meu
intercâmbio para a Austrália. Dês do dia em que eu cheguei até o último dia,
pude viver momentos dos mais diferentes e estranhos para os mais engraçados e
maravilhosos.
Para começar, o que mais me marcou de primeira foi um abraço
apertado da minha “mãe” australiana tentando me amparar quando eu estava
perdida, triste e desemparada. Foi a partir do meu primeiro dia na Austrália,
que eu comecei a criar um vínculo tão forte com essa família linda. Três
crianças, um casal e dois cachorros... nada mal para quem morava apenas com a
mãe. Além de uma família, ganhei quatro amigas inseparáveis logo no primeiro
mês. Com elas viajei pela Austrália e até para a Ásia - Indonésia e Tailândia,
acho que nunca visitei lugares mais lindos que esses dois países. É um
contraste absurdo entre miséria e praias incrivelmente lindas. Sem contar nas
pessoas que tive oportunidade de conhecer, latinos, asiáticos, árabes,
americanos, australianos, africanos, brasileiros de toda parte do Brasil e
europeus, até namorei com um, era suíço alemão.
É claro que dentre experiências como essas, existem umas
tristes... como quando presenciei um amigo meu internado num hospital para
loucos por ter exagerado nas drogas. Foi bastante chocante ver a situação na
qual ele se encontrava, não sabia nem mesmo quem ele era, estava completamente
alucinado, se debatia, não confiava em ninguém, apenas em mim. Existem também
as esquisitas... como quando fui viajar para o deserto da Austrália e tive que
dormir em sacos de dormir ao ar livre em cima de um tapete de formigas e
insetos bem esquisitos. Não posso esquecer, que passei um calor infernal e
andei que nem um camelo o dia todo. Exatamente um mês depois viajei para
Melbourne, uma cidade com baixas temperaturas da Austrália, então dá perceber
que em pouco tempo fui do calor extremo ao frio extremo.
É impossível descrever em um pequeno texto tudo o que vive
em 2011 (período em que morei lá). Fui do 8 para o 80 diversas vezes, conheci
pessoas e culturas incríveis, encontrei a felicidade em pequenas coisas, ganhei
uma nova mãe, morei uma quadra longe da praia, andei de skate e surfei, fiz uma
tatuagem em homenagem a experiência que tive... ou seja, as mais diversas experiências
em uma única viagem. Saudades é o que restou dela!
Juliana Matteucci
Assinar:
Comentários (Atom)


















