Além de me apresentar no Teatro Municipal como
canto coral, participei da Ópera João e Maria, Ópera La Gioconda e a que
mais me marcou: a Ópera Olga. Fui chamada a fazer uma participação solo na Ópera Olga, a qual foi de grande importância para o cenário musical brasileiro,
por se tartar de uma ópera que conta parte da história política brasileira e sua
formação.
Tudo me encantava, ao começar pelos ensaios, principalmente quando entrava na Cúpula para ensaiar e aprender novas músicas e roteiros, e assim em cada espaco daquele lugar magico. Toda vez que subia naquele palco eu me sentia
livre, toda vergonha e insegurança ia embora… A sensação de cantar e interagir
com as outras pessoas, sendo com os outros cantores ou mesmo com o público, era única. Poder ver a reação das pessoas conforme aquilo que eu cantava ou
encenava, era mágico.
Em cada ensaio, cada leitura de texto, cada
troca de maquiagem e figurino, cada conversa sussurrada na coxia, o dia dia em
si me trouxe muito aprendizado, seja com a necessidade de ser disciplinada até o relacionamento com cada um que comigo estava.
Foi um ciclo que infelizmente se fechou quando eu tinha 14 anos. Naquele tempo fiz amigos que formaram quem eu sou hoje, e muitos desses amigos estão hoje realizando os sonhos que eu via eles idealizarem. Em relação aos que seguiram o meio da música, alguns estão hoje tocando em orquestras,
outros estão se apresentando em pequenos teatros e tem aqueles que estão na Broadway. E aqueles que não seguiram o caminho da música, como eu, com certeza
levam dentro de si lembranças e a saudade da melhor fase das nossas vidas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário