Eu sempre gostei de ler livros, era algo que me fascinava.
Geralmente quando esta próximo do meu aniversario peço para alguém, seja amigo
ou parente um livro de presente, as vezes penso que faço isso para ver se as
pessoas que estão ao meu redor me conhecem bem e acertam o tipo de livro que eu
gosto.
Quando completei quatorze anos recebi de uma grande amiga um
livro bastante peculiar, para falar a verdade nada me atraia nele começando por
sua capa: eram listras azuis e brancas. O primeiro pensamento que me ocorreu
foi – “Nossa! Eu nunca compraria um livro assim.” Sim, eu julguei o livro pela
capa. Fiquei ensaiando para lê-lo, após alguns meses finalmente o fiz, comecei
pelo titulo “O menino do pijama listrado”.
Vou ser bastante sincera o titulo não me atraiu nem um pouco
dei uma olhada e calculei que era mais ou menos quase duzentas paginas,
suspirei disse para mim mesma “vamos tentar”. E quando dei por mim não
conseguia mais parar de lê-lo, como se eu estivesse viciada, a verdade era que
eu não queria parar. Mas o que realmente me surpreendeu foi o que aconteceu nas
ultimas paginas: eu não queria que acabasse a historia. É engraçado porque passaram
alguns anos e eu ainda continuo me surpreendendo, é nesse ponto que eu percebo
o quanto os livros são poderosos.
Identifiquei-me muito com o livro. Não exatamente com a
historia,a final, não estamos em plena Segunda Guerra Mundial e não sou uma
garota de nove anos, mas com essência da trama e no final fiquei me
questionando sobre coisas que jamais haviam passado pela minha cabeça. Eu não
sei explicar mas isso agiu de maneira tão subjetiva sobre mim, logo eu que separava
as coisas de forma categórica não as misturando, talvez essa seria a minha
“cerca”, talvez lendo aquele livro eu tenha perdido a minha “inocência” como o
protagonista. Eu sentia que não era apenas palavras que compunha aquele livro,
eu também fazia parte daquilo (uma coisa estranha de dizer, não?!).

O mais curioso que eu acho de mim mesma é que toda vez que eu
vou ler esse livro (sim eu releio os livros que eu acho mais interessante)
sinto que algo sempre muda em mim.
Feito por Priscila Pereira
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