terça-feira, 19 de março de 2013

O menino do Pijama listrado - Priscila Pereira


Eu sempre gostei de ler livros, era algo que me fascinava. Geralmente quando esta próximo do meu aniversario peço para alguém, seja amigo ou parente um livro de presente, as vezes penso que faço isso para ver se as pessoas que estão ao meu redor me conhecem bem e acertam o tipo de livro que eu gosto.

Quando completei quatorze anos recebi de uma grande amiga um livro bastante peculiar, para falar a verdade nada me atraia nele começando por sua capa: eram listras azuis e brancas. O primeiro pensamento que me ocorreu foi – “Nossa! Eu nunca compraria um livro assim.” Sim, eu julguei o livro pela capa. Fiquei ensaiando para lê-lo, após alguns meses finalmente o fiz, comecei pelo titulo “O menino do pijama listrado”.

Vou ser bastante sincera o titulo não me atraiu nem um pouco dei uma olhada e calculei que era mais ou menos quase duzentas paginas, suspirei disse para mim mesma “vamos tentar”. E quando dei por mim não conseguia mais parar de lê-lo, como se eu estivesse viciada, a verdade era que eu não queria parar. Mas o que realmente me surpreendeu foi o que aconteceu nas ultimas paginas: eu não queria que acabasse a historia. É engraçado porque passaram alguns anos e eu ainda continuo me surpreendendo, é nesse ponto que eu percebo o quanto os livros são poderosos.

Identifiquei-me muito com o livro. Não exatamente com a historia,a final, não estamos em plena Segunda Guerra Mundial e não sou uma garota de nove anos, mas com essência da trama e no final fiquei me questionando sobre coisas que jamais haviam passado pela minha cabeça. Eu não sei explicar mas isso agiu de maneira tão subjetiva sobre mim, logo eu que separava as coisas de forma categórica não as misturando, talvez essa seria a minha “cerca”, talvez lendo aquele livro eu tenha perdido a minha “inocência” como o protagonista. Eu sentia que não era apenas palavras que compunha aquele livro, eu também fazia parte daquilo (uma coisa estranha de dizer, não?!). 



O mais curioso que eu acho de mim mesma é que toda vez que eu vou ler esse livro (sim eu releio os livros que eu acho mais interessante) sinto que algo sempre muda em mim.

Feito por Priscila Pereira

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