Desde
pequena sempre gostei muito de Claude Monet. O primeiro contato que tive com o
artista foi através de um livro que meu pai me deu quando eu tinha
aproximadamente 4 anos. Neste livro continham diversas obras dele, e lembro que
eu passava horas observando-as em seus mínimos detalhes, mesmo sem entender
nada sobre movimentos artísticos e quão importante Monet foi. As obras que mais me despertavam
interesse eram as que retratavam a natureza; o aspecto puro através do qual ele
a pintava, se utilizando de um jogo de luzes peculiar, me fascinava. Podiam me
mostrar um quadro e eu saberia dizer se era de Monet ou não. As obras que mais
me encantavam eram as da Ponte Japonesa; ela é retratada de forma tão bela e
harmônica que me parecia mágica.
Eis
que em 2007, eu e minha mãe fomos para a França. Visitamos alguns lugares, mas
passamos mais tempo em Paris. Dias antes de voltar, um motorista brasileiro nos
sugeriu uma visita a Giverny, pequeno vilarejo há menos de 1 hora de Paris,
local onde Monet viveu metade de sua vida e que serviu de inspiração para suas
obras que tanto me marcaram desde pequena. Resolvemos ir no dia seguinte, logo
após o almoço. Ao chegar no calmo vilarejo, me deparo com casas de estilo mais
antigo, com telhados de barro e muito verde ao redor – assim como a de Monet.
Fizemos um tour por sua casa, decorada de forma aconchegante, e
por sua coleção de estampas japonesas. Ao chegar no quarto dele, fomos na janela
ver a vista, e pela primeira vez vi seu enorme jardim. É algo surreal de tão
bonito, como se estivéssemos vendo seus quadros ao vivo. Há uma variedade
incrível de vegetação, compondo um cenário colorido que nos faz compreender o
motivo deste jardim ter sido fonte de inspiração para suas mais belas obras, na
minha opinião. Subir na ponte japonesa sob as flores de lotus foi o ápice da
visita. Parece que a vista foi calculada com exatidão de tão perfeita. Podia-se
notar o encantamento de todos os turistas que estavam lá. E essa, com certeza,
foi minha experiência estética mais marcante até hoje.
Thaís Molina




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